A montagem parte de uma indagação: como seguir dançando em uma cidade que viu submergir casas, bairros, praças, ruas, sua história? Um exercício de criação que evoca imaginários em meio a perdas e tentativas de reconstrução. A obra tem como dispositivo de criação o "corpo-coisa", das coisas imensas, das miúdas, das rasteiras, das estranhas, das disformes, das encantadoras. Um universo que encontrou sua tradução no conto A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa  para urdir corpos e memórias que depois de inundados  insistem, se reinventam, que seguem com marcas e ecos da correnteza, do rio, da chuva, das poças, da lama.